El Calafate
Saí de Ushuaia e peguei um voo direto para El Calafate,
outro destino imperdível da Patagônia Argentina. No verão, a cidade tem pelo menos 20 mil
habitantes e muitos voos . No inverno, a cidade vira um breu, com menos de 5
mil habitantes e apenas um voo aterriza por dia.
A cidade está localizada muito próxima do Lago Argentino,
lago que surpreende pela cor Azul clara. A beleza do local já me impressionou
do avião, pois apesar de localizada as margens de um lago, é desértica e ao
fundo vê-se paisagens de montanhas com neves glaciais. Então temos, deserto,
lago e montanhas com neve tudo junto, é incrível.
O Grande atrativo da cidade, é o fato dela estar apenas 1
hora de carro do Parque dos Glaciais, onde podemos visitar por terra ou barco o
glacial mais famoso do mundo, o “Perito
Moreno”.
Como são formados os Glaciais e o que são eles? Imensos
blocos de gelos de neve compactada, neve que desce das montanhas e fica na
encosta, próxima aos lagos. Esses blocos de gelos são enoooormes.
É um fenômeno cíclico, ou pelo menos deveria ser. Com a baixa temperatura do inverno, os
glaciais aumentam de tamanho, e conforme o verão chega, ele vai derretendo e
soltando pequenos blocos de gelo nos lagos/rios/oceanos. A grande maioria dos
glaciais vem diminuindo gradativamente nas últimas décadas ou séculos. O Perito
Moreno se mantém estável, razão 1 pela qual é tão famoso, outro fator, é por ser
acessível por vias terrestres. Alguns glaciais conseguimos chegar apenas por
barco. Por último, o Glacial Perito Moreno está muito próximo da Península de
Magalhães._Nos invernos mais rigorosos, sua
camada de gelo encosta na península, a
tal ponto, que fecha o canal para uma parte do lago. Essa parte fica bloqueada,
e aumenta seu nível de água até o início do verão, quando o gelo começa a derreter. Ao derreter, o gelo cria um túnel para as
duas partes se encontrarem. Do momento que
o gelo derrete e forma esse túnel, essa “tampa”, em poucos dias colide, a colisão
é um espetáculo turístico e um lindo fenômeno. Como esse ano não aconteceu,
busquei na internet imagens para
ilustrar o que acabei de explicar.
Ano que obteve o fenomeno da
“tampa”.
Foto Janeiro 2014.
A parte de terra é a península, as passarelas que podemos
caminhar vão até próximo do Glacial e é possível caminhar por aproximadamente 2
horas, são todas mapeadas por cores para mostrar nível de distância.
Eu de uma das passarelas.
É muito importante ir bem agasalhado, o vento é muito gelado
e a temperatura, é pelo menos 10 graus abaixo da cidade, a recomendação é se
agasalhar como cebola, ou seja, em camadas. O visual vale a pena por todo frio
que se passa.
O dia passa muito rápido, já que antes de
chegarmos nas passarelas fizemos um passeio de uma hora de catamarã para ver a
frente do Glacial.
Normalmente, saíamos do hotel antes das 8 da manhã e por
volta das 4 da tarde estávamos de volta. Tempo para um descanso e prepararmos
para a Janta. Com o frio do local, estávamos sempre com bastante apetite e
dispostos a degustar novos vinhos, prestigiamos muitos vinhos Patagônicos. O
prato típico é o cordeiro patagônico, carne muito macia e saborosa.
A cidade é muito, mas muito charmosa, e tem um centrinho
muito agradável, então para se hospedar o ideal é ficar próximo da Avenida
principal. Ficamos em uma transversal e todos os dias caminhávamos a Avenida
inteira, como a cidade não é tão gelada, é agradável caminhar por ali.
Como El Calafate está próxima do Parque dos Glaciais, não se pode deixar de fazer um passeio de catamarã pelo Lago Argentino para visitar os Glaciais mais distantes Upsala e Spegazzini. O Upsala é o maior de todos, é aproximadamente 3 vezes maior que a cidade de Buenos Aires e também é um dos que mais está em regressão. No porto que saímos, pegamos o setor do barco da classe executiva, custa uns 40 USD a mais por pessoa, mas ali você tem direito à bebidas, lanches, poltronas reclináveis e ficar na frente do barco, no segundo andar. Como o passeio dura quase o dia todo, vale cada centavo investido, pois aproveitamos muito o conforto extra.
Blocos de
gelos solto pelo mar.
Como o barco termina por volta das 16h00, fomos direto
para o Museu Glaciarum, o museu dos Glaicias, museu super moderno, com vídeos, sala
3D e um super bar de gelo. Como fomos em
grupo foi uma festa, muito divertido. Você paga a entrada do museu e opta pelo
ingresso do bar do gelo, a entrada é com número de pessoas controlada e com tempo
limite para ficar lá, porque, é bem geladinho. Com direito a um drink e tudo é
feito de gelo, copo, parede, cadeira, é o máximo. Se você nunca foi num bar de
gelo, recomendo.
Bom, as fotos
pelo menos ficaram bacanas.
Antes de subir o teleférico. (Já morrendo de frio)
Como eu me arrependi de não ter feito o passeio do quadriculo!!!!
Olha que legal gente!!!
Essa parte me lembrou um pouco da Serra Catarinense!!
A cidade me surpreendeu e eu amei El Calafate, quem
quiser mais dicas é só chamar!!!
Agora chega de frio e vamos esquentar essa coluna, semana
que vem vou falar de um local super cool, as Maldivas.
Beijos e obrigada!!
Mariana Paraiso.